in love

Ontem passei pelo blog da Vivian (às vezes vou lá, meio nostálgica) e, caraças, como eu escrevia!

Textos longos, pensamentos, sentimentos, está tudo ali.

Já me tinha dado conta que por aqui a Didá é de poucas palavras. Para já porque não sou grande escritora, muitas vezes quero contar um episódio, desabafar qualquer coisa mas quando vejo que aquilo vai dar para o extenso, o post acaba por se perder nos rascunhos. Depois também sei que há mais gente a ler este blogue do que eu imagino - gente que me conhece, claro está - e isso deixa-me pouco à vontade.

A verdade é que me faz muita falta vir para aqui escrever o que me vai na alma como a Vivian fazia.

A Vivian estava-se borrifando para o que pensavam dela e escrevia, efectivamente, aquilo que sentia, sem máscaras e sem pensar duas vezes. A Didá vem aqui pôr fotos bonitas e só partilha as coisas boas.

Que foi de férias, que vai ao cinema, que faz viagens, que jantou fora, foi a um concerto... mas nem tudo são rosas e às vezes isto cá dentro é difícil pra caraças.

A minha cabeça está toda desarrumada (é normal, segundo o terapeuta) e o meu mundo está de pernas para o ar. Não sei o que quero, não sei em direcção vou e sinto-me em stand-by.

O problema é que o tempo passa e eu tenho medo de um dia olhar para trás e ver que a vida me passou ao lado.

Não digo coisa com coisa e quando alguém me pergunta o que é que se passa comigo, eu não sei o que responder porque, na realidade, eu não faço a mínima ideia do que é que se passa comigo.

Sei que não quero ver ninguém, não quero ir a lado nenhum e por mim....estava num buraco bem fundo até isto tudo passar.

Há dias em que sei que vai ficar tudo bem. Que é, provavelmente, a crise dos 30 e que melhores dias virão. Hoje não é um deles e eu estão tão cansada, tão cansada de estar dentro da minha cabeça...