Todos os dias a chegar ao trabalho, à hora de almoço e quando saio tenho umas "amigas" à porta que insistem em ler-me a sina. Ai menina que tem tanta inveja. Ai menina, venha cá, dê-me a sua mão, menina.
Nunca páro, nem sequer abrando e elas lá ficam a falar sozinhas.
Hoje vinha distraída a andar devagarinho e a agradecer a todos os deuses pelo dia lindo que está e fui apanhada! A "amiga" agarrou-me no braço a implorar pela minha mão, que tenho muita inveja, que me diz o nome do homem que amo, que me diz a primeira letra do homem que amo, que tenho um homem que me ama. Tentou de tudo. Foi uma luta de braços, ela puxava, eu empurrava.
Que sou muito invejada. Eu sei, todas as mulheres são desde que não vistam um saco de batatas e calçem sapatos ortopédicos.
Que tenho um homem que me ama. Também sei. Ai dele que não me amasse depois das dores de cabeça que já me deu!
Lá preciso de uma cigana para me dizer estas coisas?
Espero que não me tenha rogado uma praga.
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