quinta-feira, 29 de abril de 2010

Os meus bebés

Eu nem queria ter gatos.

-Ah, mas vá lá, faz-nos companhia, vais gostar, vais ver!
-Vá lá, vá lá. Vá lá. Vá lá.
-Tá bem.

Lá veio ela, pequenina. Tão pequenina. Cheguei a casa, ela estava a dormir enroscadinha numa almofada.
Brincou, brincou…estragou uma série de coisas, arranhou o sofá, estragou cortinados. Normal.
Teve filhotes depois de muita insistência em cruzar a bicha com o Maine Coon dos sogros.
Acabámos por ficar com uma cria, o mais espertalhão, o que não deixava os irmãos mamar, apoderando-se de todas as maminhas da mãe.
Ele é a minha sombra. Onde quer que esteja, faça o que fizer, ele está lá. É enorme, trapalhão, molengão e tem quilos de mimo (e de pêlos).

Ela é independente e elegante. Desenrascada como qualquer fêmea. Esguia, enfia-se em sítios inimagináveis.

São a minha paixão. Às vezes acho que gosto demais deles. São só gatos! Mas são a minha vida. Sou capaz de ficar horas a observa-los ou abraçada a eles.

Mas podiam-me deixar dormir, não é? Eu gosto tanto deles e dou-lhes comidinhas, um lar, amor e carinho. Porque é que eles não me deixam descansar?
Ele atira ao chão tudo o que estiver na mesinha de cabeceira ou na cómoda. Ela enfia-se no cesto da roupa suja ou em qualquer mochila, saco ou mala que lhe apareça à frente. E lutam. Lutam na nossa cama como se fosse um ringue. Miam, empurram-me, mordem-me os pés. Mas só a mim! O sono de sua Excelência, o Doninho nunca é perturbado. Porquê, meu deus?
Se isto é assim com os gatos, quando for com um bebé, eu enlouqueço.

1 comentário:

Olhos Dourados disse...

Também tenho gatos. Gatas, aliás! Adoro!